A prova de Humanidades do ENEM 2026 terá mais foco em Sociologia ou História?
30/11/2025 11h31 – Atualizado há 1 mês

A prova de Humanidades sempre foi uma das mais interpretativas e interdisciplinares do ENEM. Com as discussões sobre o Novo Ensino Médio e a reorganização curricular, muitos estudantes querem saber se a edição de 2026 trará mudanças na distribuição de conteúdos entre História e Sociologia. Entender essa tendência é essencial para direcionar os estudos e ajustar o plano de revisão para a área de Linguagens e Ciências Humanas.
A seguir, você confere o que pode mudar, quais conteúdos tendem a ganhar mais destaque e como se preparar da forma mais estratégica possível.
O que pode mudar no enfoque da prova em 2026?
O ENEM tem sinalizado nos últimos anos uma atenção maior aos temas sociais contemporâneos. Isso inclui questões sobre comportamento, cidadania, ética, desigualdades, movimentos sociais e relações culturais. Esse tipo de abordagem tende a aumentar a presença de conceitos sociológicos, principalmente por facilitar o diálogo com problemas atuais do Brasil e do mundo.
Por outro lado, a História permanece como eixo estruturante da prova, pois oferece o contexto necessário para interpretar fenômenos atuais. Mesmo quando o enunciado trata de temas modernos, a origem ou a evolução histórica desse processo costuma aparecer no texto de apoio ou na resolução da questão.
Em outras palavras: a prova pode até aproximar-se mais da Sociologia, mas dificilmente abandonará uma base histórica sólida.
O Novo Ensino Médio influencia esse equilíbrio?
Sim. A implementação do Novo Ensino Médio reorganizou conteúdos e aproximou ainda mais as disciplinas de Humanidades. Com isso, temas interdisciplinares ganharam destaque nos currículos escolares, como:
- relações de poder e cidadania;
- identidade e cultura;
- tecnologia e sociedade;
- diversidade e desigualdade;
- conflitos históricos e suas consequências.
Esse movimento reforça o caráter integrado da prova. Ou seja, o ENEM 2026 deve continuar exigindo interpretação e análise crítica, e não apenas memorização de datas ou definições isoladas.
História ou Sociologia: qual deve aparecer mais?
A tendência é que a prova apresente leve aumento de abordagens sociológicas, especialmente na contextualização de problemas sociais atuais. Porém, o ENEM não deve abandonar questões clássicas de História, como:
- processos coloniais;
- formações políticas e sociais;
- industrialização;
- movimentos sociais;
- transformações culturais;
- conflitos e sistemas econômicos.
Assim, o mais provável é que a prova mantenha um equilíbrio funcional: Sociologia para interpretar o presente e História para explicar suas raízes.
Como estudar Humanidades pensando no ENEM 2026?
Para se preparar com eficiência, o ideal é combinar revisão de conteúdo com leitura crítica. Veja como organizar seus estudos:
1. Reforce os conceitos sociológicos essenciais
Temas como cidadania, Estado, estratificação social, ideologia, cultura, globalização e identidade devem continuar recorrentes.
2. Revise os grandes períodos e processos históricos
A prova costuma exigir compreensão de causa e consequência. Fique atento aos eixos que se repetem: Brasil Colônia, Era Vargas, redemocratização, movimentos sociais e guerras mundiais.
3. Treine a interpretação interdisciplinar
Grande parte das questões mistura História e Sociologia. O segredo é saber relacionar o passado ao presente e identificar o foco crítico do enunciado.
4. Leia textos variados
Artigos, gráficos, documentos históricos, charges, mapas e trechos culturais ajudam a entender o tipo de repertório que a prova utiliza como apoio.
Afinal, qual será o foco?
Embora nenhum documento oficial indique um aumento formal de peso para História ou Sociologia, os debates educacionais e a tendência de atualização curricular sugerem que a prova de Humanidades deve apresentar maior aproximação com temas sociológicos contemporâneos. Ainda assim, a estrutura do ENEM exige que esses temas sejam explicados a partir de processos históricos, garantindo o equilíbrio tradicional da área.
Em resumo: não espere uma prova 100% sociológica ou totalmente histórica, mas uma integração dos dois campos, com ênfase na análise crítica da sociedade atual.