O que é pleonasmo? Veja exemplos comuns no dia a dia
19/04/2025 10h57 – Atualizado há 3 semanas

Você já ouviu alguém dizer “subir pra cima” ou “entrar pra dentro”? Essas expressões soam familiares — e estão por toda parte no nosso dia a dia. O nome disso é pleonasmo, uma figura de linguagem que pode ser tanto um vício quanto um recurso estilístico, dependendo do contexto.
Mas afinal, o que é pleonasmo? E por que usamos tanto sem nem perceber? Neste texto, vamos explicar de forma simples o significado do termo, como ele aparece na fala e na escrita, e quais são os exemplos mais comuns no português. Prepare-se para reconhecer (e talvez até rever) alguns hábitos de linguagem!
O que é pleonasmo?
Pleonasmo é o uso de palavras redundantes em uma mesma frase, ou seja, termos que repetem uma ideia já expressa. Isso pode acontecer de forma involuntária, caracterizando um vício de linguagem, ou de forma intencional, como um recurso estilístico para dar ênfase ou reforçar o sentido.
Exemplos:
- “Subir pra cima” – o verbo subir já indica direção para cima.
- “Entrar pra dentro” – se você entrou, é porque foi para dentro.
- “Sair pra fora” – mais uma repetição desnecessária.
Apesar de ser tecnicamente incorreto quando usado sem intenção, o pleonasmo é extremamente comum e, muitas vezes, passa despercebido.
Quando o pleonasmo é aceitável?
Nem todo pleonasmo é um erro. Em contextos poéticos, literários ou publicitários, ele pode ser uma ferramenta poderosa para reforçar uma ideia ou criar ritmo.
Exemplo clássico:
- “Rir o meu riso e derramar o meu pranto” (Vinicius de Moraes)
Aqui, a repetição dá ênfase emocional, sem ser um vício de linguagem.
Outro exemplo:
- “Vi com meus próprios olhos.”
Apesar de redundante, a expressão transmite autenticidade e surpresa.
Exemplos de pleonasmo comuns no dia a dia
Veja abaixo uma lista com pleonasmos populares na fala cotidiana:
- Subir pra cima
- Descer pra baixo
- Sair pra fora
- Entrar pra dentro
- Hemorragia de sangue
- Gelo frio
- Elo de ligação
- Conviver junto
- Planejar antecipadamente
- Repetir de novo
- Acabamento final
- Certeza absoluta
- Ganhar grátis
- Meta final
- Surpresa inesperada
Essas expressões costumam surgir por hábito, mas muitas vezes são desnecessárias e podem ser evitadas em contextos formais ou acadêmicos.
Conclusão
O pleonasmo é uma figura de linguagem que revela muito sobre o jeito como falamos no dia a dia. Embora seja considerado um erro em certos contextos, pode também ser uma forma válida de reforço na linguagem oral ou escrita criativa.
Ficar atento ao uso do pleonasmo ajuda a escrever melhor, com mais clareza e objetividade. E, claro, se você quiser usar um ou outro para dar ênfase ou estilo, tudo bem — desde que seja de propósito!