“Estar com a corda no pescoço”: a origem macabra e o uso popular
12/09/2025 09h14 – Atualizado há 3 dias

A expressão “estar com a corda no pescoço” é uma das mais conhecidas na língua portuguesa para indicar que alguém está em uma situação difícil ou ameaçadora. Mas você sabia que sua origem remonta a momentos sombrios da história, ligados à pena de morte e à justiça severa de tempos antigos?
No contexto popular, a expressão é usada de forma figurada para descrever apuros financeiros, pressão no trabalho ou problemas urgentes, mas sua raiz histórica é bastante literal e assustadora.
A origem macabra da expressão
A frase surge do período em que a forca era usada como punição capital. Pessoas condenadas à morte eram literalmente colocadas com uma corda ao redor do pescoço, aguardando o cumprimento da sentença. Esse ato era símbolo de extremo perigo e desespero, transmitindo uma sensação de imediata ameaça à vida.
Com o tempo, a frase ganhou uso figurado. Assim como quem estava na forca precisava agir rapidamente para tentar sobreviver, pessoas “com a corda no pescoço” passaram a representar aquelas que enfrentam problemas urgentes ou situações de grande pressão.
Uso popular na linguagem cotidiana
Hoje, você pode ouvir a expressão em contextos totalmente não literais, como:
- “Estou com a corda no pescoço para pagar as contas este mês.”
- “Com tantos prazos atrasados, sinto que estou com a corda no pescoço no trabalho.”
- “Quando o carro quebrou, ele ficou com a corda no pescoço sem transporte para o trabalho.”
Esses exemplos mostram como a frase se tornou uma metáfora poderosa para dificuldades, mantendo o impacto dramático da imagem, mas sem o peso literal da execução.
Curiosidade linguística
A expressão é um ótimo exemplo de como a língua portuguesa preserva traços históricos em figuras de linguagem. Mesmo que a sociedade tenha mudado, o idioma mantém expressões de origem macabra que ajudam a comunicar urgência e tensão de maneira eficaz.
Além disso, seu uso permanece extremamente comum, aparecendo em conversas, textos jornalísticos e até em roteiros de filmes e séries que buscam transmitir situações de pressão ou risco iminente.
Como usar corretamente
Para empregar a expressão, lembre-se de que ela é metafórica. Evite o uso literal em situações cotidianas, mantendo o sentido figurado: problemas, pressões e dificuldades que exigem solução rápida.