O bode expiatório: Como a cerimônia hebraica virou um termo

Por Redação
09/09/2025 13h45 – Atualizado há 5 horas

A expressão “bode expiatório” é bastante usada no dia a dia para se referir a alguém que leva a culpa por erros ou problemas causados por outros. Mas a origem desse termo está em uma prática religiosa antiga, registrada há milhares de anos, que acabou atravessando séculos até se transformar em parte do vocabulário popular.

O que significa “bode expiatório”?

Quando dizemos que alguém é o “bode expiatório”, estamos nos referindo a uma pessoa injustamente responsabilizada por algo, mesmo que não tenha culpa direta. Essa expressão é comum em situações de conflito, quando é necessário achar um culpado, e alguém acaba sendo escolhido apenas para aliviar a pressão.

A origem da expressão

O termo vem de um ritual hebraico descrito no Antigo Testamento. Durante o Yom Kipur, o Dia do Perdão, dois bodes eram escolhidos: um era sacrificado como oferta a Deus e o outro, chamado de “bode expiatório”, recebia simbolicamente os pecados do povo. Esse animal era então enviado ao deserto, carregando as culpas da comunidade.

Como chegou ao nosso vocabulário

Com o tempo, a imagem do bode que levava os pecados para longe se transformou em metáfora. Assim, “bode expiatório” passou a designar qualquer pessoa ou grupo que assume a culpa de forma injusta, servindo como alívio para os verdadeiros responsáveis. Hoje, o termo aparece em contextos políticos, sociais e até em situações cotidianas, sempre com a mesma ideia central: transferir a responsabilidade para outro.

Conclusão

A história do “bode expiatório” mostra como tradições religiosas podem dar origem a expressões que permanecem vivas na língua. Mais do que um termo curioso, ele carrega uma reflexão sobre justiça, responsabilidade e o hábito humano de procurar alguém para culpar.