O que “Aleluia” significa? A etimologia e o uso litúrgico da palavra
11/08/2025 11h36 – Atualizado há 1 dia

A palavra “Aleluia” é uma das mais reconhecidas no vocabulário religioso, presente em cânticos, orações e celebrações em diferentes culturas e tradições. Embora seja muito usada no cristianismo, sua origem é muito mais antiga e carrega um sentido profundo ligado à expressão de júbilo e louvor.
Neste artigo, vamos explorar a etimologia de “Aleluia”, seu significado original e o modo como ela é empregada no contexto litúrgico.
A origem da palavra "Aleluia"
O termo “Aleluia” tem origem no hebraico bíblico, na expressão Hallelu Yah, que significa literalmente “louvai ao Senhor” ou “louvem a Deus”.
- Hallelu vem do verbo halal, que quer dizer “louvar” ou “glorificar”.
- Yah é a forma abreviada de Yahweh, nome de Deus na tradição judaica.
Com o tempo, a expressão foi transliterada para o grego como alleluia e, posteriormente, incorporada ao latim, mantendo praticamente a mesma forma e significado. Assim, chegou às línguas modernas, incluindo o português, sem grandes alterações.
Uso litúrgico e simbologia
No contexto religioso, “Aleluia” é uma interjeição de alegria e exaltação espiritual. É muito utilizada em hinos, missas e celebrações, especialmente em momentos de maior entusiasmo e gratidão a Deus.
No cristianismo, há um uso especial do termo durante a liturgia pascal, simbolizando a vitória da vida sobre a morte. Na tradição católica, por exemplo, a palavra é omitida durante a Quaresma, retornando com destaque na celebração da Páscoa.
"Aleluia" no uso popular
Fora do contexto estritamente religioso, “Aleluia” também é empregada de forma figurada para expressar alívio, felicidade ou satisfação diante de um acontecimento esperado, como em “Aleluia, finalmente terminei o trabalho!”.
Esse uso mais informal preserva a essência de exaltação e alegria, mas desconectado do sentido litúrgico original.
Uma palavra que atravessa séculos
“Aleluia” é um exemplo de como um termo pode atravessar milênios, línguas e culturas, mantendo sua força simbólica. Seja nas páginas das Escrituras, nos cânticos das igrejas ou no dia a dia, a palavra continua sendo um convite ao louvor e à celebração.