O que é cacófato? E por que ele pode ser engraçado ou constrangedor
08/05/2025 15h46 – Atualizado há 5 dias

Você já leu ou ouviu uma frase que soou meio estranha ou provocou risos involuntários? Pois é, você pode ter presenciado um cacófato — um fenômeno linguístico curioso que mistura som e sentido de forma inesperada. Neste artigo, vamos explicar o que é cacófato, mostrar exemplos e contar por que ele pode ser tanto motivo de piada quanto de constrangimento.
O que significa cacófato?
A palavra cacófato vem do grego “kakós” (ruim) e “phōnḗ” (som), ou seja, “som ruim”. Na prática, o cacófato acontece quando a junção de duas ou mais palavras resulta em uma sonoridade desagradável, ambígua, ou até mesmo engraçada. O mais comum é surgir sem intenção, em construções perfeitamente gramaticais, mas que causam um efeito sonoro estranho ou duplo sentido.
Por que o cacófato acontece?
O cacófato é um vício de linguagem — ou seja, uma forma de expressão que pode prejudicar a clareza ou causar reações indesejadas. Ele aparece geralmente na oralidade e na escrita informal, quando palavras se unem e formam novas sílabas ou fonemas que soam como outra palavra ou expressão.
Exemplos comuns de cacófato
Confira abaixo alguns exemplos de cacófatos famosos:
- “Ele tinha uma alma de poeta.”
→ soa como “Ele tinha uma malma de poeta”. - “Conheça o caso da moça.”
→ soa como “Conheça o casa da moça”. - “Estava contigo ontem.”
→ soa como “Estava com tigo ontem” (soando como o nome “Contigo”). - “Mais de uma hora.”
→ soa como “Maidi uma hora”. - “Ele ama a Ana.”
→ soa como “Ele ama Ana” (sem pausa, pode causar confusão de sentido).
Alguns cacófatos são ainda mais engraçados ou até inapropriados, como:
- “Entrego a carta à Marta.”
→ soa como “Entrego a carta a Marta”. - “Ele bateu na porta dela.”
→ pode soar como “Ele bateu na por… dela”, dependendo da pronúncia.
Quando evitar (ou usar com cuidado)
Embora o cacófato possa ser explorado de forma humorística, especialmente em piadas e trocadilhos, o ideal é evitá-lo em contextos formais ou profissionais, para não comprometer a clareza da mensagem ou causar desconforto.
Por isso, revise bem seus textos e leia em voz alta, identificando possíveis sonoridades ambíguas ou indesejadas. E claro: na dúvida, prefira reformular a frase.
Conclusão
O cacófato é um exemplo perfeito de como a sonoridade das palavras pode influenciar a comunicação. Às vezes, ele provoca risos; em outras, constrangimento. Saber o que é e como evitá-lo é uma boa prática para quem quer escrever e falar bem — seja na internet, no trabalho ou na vida cotidiana.