O que é Climacofobia? Entenda esse medo raro
07/11/2025 11h22 – Atualizado há 1 dia

Entre os inúmeros tipos de fobias que existem, uma das mais curiosas é a climacofobia, o medo irracional e persistente de subir ou descer escadas. Embora pareça incomum, esse tipo de fobia afeta mais pessoas do que se imagina e pode estar ligado tanto a experiências traumáticas quanto a distúrbios de ansiedade ou equilíbrio.
A palavra “climacofobia” tem origem grega: klimax significa “escada” e phobos quer dizer “medo”. Ou seja, literalmente, trata-se do “medo de escadas”. O termo é usado em contextos médicos e psicológicos para descrever um quadro em que a simples ideia de subir degraus, ou até observar escadas, causa desconforto físico e emocional.
Como a climacofobia se manifesta
Pessoas que sofrem dessa fobia podem sentir tontura, taquicardia, tremores, falta de ar e ansiedade intensa ao enfrentar escadas, principalmente se forem longas ou íngremes. Em casos mais graves, o medo aparece mesmo diante de escadas rolantes ou imagens que remetam à altura.
Geralmente, o problema está associado a experiências traumáticas, como quedas anteriores, sensação de desequilíbrio ou transtornos vestibulares (relacionados ao labirinto). Também pode surgir como uma resposta psicológica ao medo de cair ou se machucar, tornando-se uma limitação real na vida cotidiana.
O simbolismo das escadas na linguagem
Curiosamente, as escadas têm um significado simbólico forte em muitas culturas e até na linguagem cotidiana. Expressões como “subir na vida” ou “descer de posição” refletem a ideia de progresso e declínio, o que reforça o caráter simbólico das escadas como símbolo de transição e mudança.
Na climacofobia, esse símbolo adquire um sentido paradoxal: o degrau, que representa avanço, torna-se também um obstáculo, revelando como o medo pode transformar o cotidiano em um desafio psicológico.
O que torna a climacofobia tão curiosa
O interesse linguístico e cultural em torno da climacofobia vem justamente da sua especificidade. O português, assim como outras línguas, tem termos científicos formados por raízes gregas e latinas, especialmente no campo das fobias. Palavras como “aracnofobia” (medo de aranhas) ou “claustrofobia” (medo de lugares fechados) seguem essa mesma lógica etimológica.
A climacofobia, portanto, é um exemplo fascinante de como a língua e a psicologia se encontram, unindo a formação clássica das palavras à complexidade das emoções humanas.