O que é Destruição criativa? E por que o termo é tão popular atualmente

Por Redação
15/10/2025 09h26 – Atualizado há 17 horas

Você já ouviu falar em “destruição criativa”? Parece contraditório, não é mesmo? Afinal, como algo pode ser destrutivo e criativo ao mesmo tempo? Esse termo, que pode soar até poético, tem um significado muito importante na economia e nos negócios, e está ligado à forma como a inovação transforma o mundo em que vivemos.

Origem do termo

O conceito de destruição criativa foi popularizado pelo economista austríaco Joseph Schumpeter no livro Capitalismo, Socialismo e Democracia, publicado em 1942. Schumpeter usou o termo para descrever um processo que já existia, mas que poucos tinham nomeado: a renovação constante do capitalismo por meio da inovação. Para ele, o crescimento econômico não acontece de maneira estática; ele é impulsionado por novas ideias, tecnologias e modelos de negócios, que substituem os antigos.

Apesar de Schumpeter ter desenvolvido o conceito de forma independente, ele se inspirou parcialmente em Karl Marx, especialmente na ideia de que o sistema econômico precisa passar por transformações profundas para se manter vivo. A diferença é que, enquanto Marx via a destruição como parte de um conflito de classes, Schumpeter enxergava a destruição criativa como um motor de progresso e inovação.

Como funciona a destruição criativa

A destruição criativa ocorre quando produtos, serviços ou empresas antigas são substituídos por novas soluções mais eficientes, inovadoras ou desejadas pelo mercado. Esse processo gera um ciclo natural de renovação: algumas empresas desaparecem, outras surgem e, no final, toda a economia se fortalece.

Alguns exemplos práticos ajudam a entender melhor:

  • Tecnologia e música: a popularização do streaming de música, como Spotify e Apple Music, praticamente eliminou a venda de CDs e revolucionou a indústria fonográfica.
  • Entretenimento: a ascensão da Netflix e de outras plataformas de streaming substituiu locadoras físicas e mudou a forma como consumimos filmes e séries.
  • Transporte: aplicativos como Uber e 99 modificaram a mobilidade urbana e desafiaram modelos tradicionais de táxis.
  • Varejo: o crescimento do e-commerce impactou o comércio físico, obrigando lojas a se reinventarem ou fecharem.

Em todos esses casos, vemos que a inovação destrói modelos antigos ao mesmo tempo que cria novas oportunidades para consumidores e empreendedores.

Por que é importante

A destruição criativa é essencial para a economia porque mantém o sistema dinâmico e competitivo. Sem ela, empresas estagnariam, produtos e serviços ficariam ultrapassados e o progresso seria mais lento. No entanto, é preciso lembrar que esse processo nem sempre é fácil: a curto prazo, ele pode causar desemprego e mudanças bruscas em setores tradicionais. Mas, a longo prazo, promove avanços tecnológicos, aumento da produtividade e mais opções para o consumidor.

Curiosidade

Schumpeter chegou a dizer que o capitalismo é um sistema de “destruição criativa contínua”. Para ele, a própria essência do capitalismo está nessa capacidade de destruir o antigo para abrir espaço para o novo. Por isso, embora a palavra “destruição” assuste, ela está diretamente ligada à criação de oportunidades e inovação.