O que é Mão Morta? O que significa essa arma tão mortal

Por Redação
04/08/2025 16h13 – Atualizado há 3 horas

Se você já ouviu o termo "mão morta" fora do contexto jurídico ou anatômico, é possível que ele esteja se referindo a um dos sistemas mais letais da história militar: a arma da retaliação automática. Mas o que exatamente é a Mão Morta? E por que ela é considerada tão perigosa?

A expressão ganhou notoriedade por designar um suposto sistema de defesa criado pela União Soviética durante a Guerra Fria. Conhecido também como Perímetro ou “Dead Hand”, esse mecanismo tinha uma única e assustadora função: garantir um ataque nuclear de retaliação, mesmo se toda a liderança russa fosse aniquilada.

Como funciona o sistema Mão Morta?

O sistema Mão Morta teria sido desenvolvido como uma forma de dissuasão extrema. Seu funcionamento seria baseado em sensores espalhados por diversas regiões da Rússia, capazes de detectar sinais de um ataque nuclear — como tremores, calor ou pulsos eletromagnéticos.

Caso esses sensores identificassem uma ofensiva devastadora e não recebessem confirmação de sobrevivência dos comandantes russos, o sistema autorizaria automaticamente o lançamento de mísseis nucleares contra os inimigos previamente definidos, mesmo sem intervenção humana. Ou seja, seria uma retaliação automática do “além-túmulo”.

Mão Morta: realidade ou mito?

Embora existam relatos, documentos e até declarações de oficiais que sugerem que o sistema realmente foi construído — ou ao menos projetado —, o grau de automação e a real existência da Mão Morta permanecem cercados de mistério.

Para muitos analistas, a ideia por trás da Mão Morta era mais estratégica do que tecnológica: manter o inimigo sempre em alerta, com a certeza de que um ataque à União Soviética teria um custo catastrófico — mesmo que ninguém sobrevivesse para apertar o botão.

Curiosidade: origem do nome

A expressão "mão morta" vem da ideia de uma mão que age mesmo depois de morta — uma metáfora poderosa para um sistema que continua a funcionar sem vida humana por trás dele. É como se o próprio sistema fosse capaz de vingar seus criadores, transformando a destruição em uma ameaça eterna.