O que é Pleonasmo Vicioso? A repetição desnecessária na linguagem

Por Redação
20/08/2025 08h25 – Atualizado há 3 meses

A língua portuguesa é cheia de recursos que tornam a comunicação mais expressiva. Entre eles, o pleonasmo pode aparecer de duas formas: como figura de linguagem, quando reforça uma ideia de modo intencional, ou como pleonasmo vicioso, quando a repetição é redundante e considerada um erro de estilo.

Esse uso inadequado ocorre quando se repete uma informação que já está implícita na própria palavra ou expressão. Assim, em vez de enriquecer a frase, o pleonasmo vicioso a torna cansativa, desnecessária e até incorreta em determinados contextos formais.

Exemplos comuns de pleonasmo vicioso

No dia a dia, muitas pessoas utilizam o pleonasmo vicioso sem perceber. Alguns exemplos bem conhecidos são:

  • Subir para cima – o verbo “subir” já implica movimento para cima.
  • Entrar para dentro – toda entrada já ocorre para dentro de um espaço.
  • Hemorragia de sangue – a palavra “hemorragia” já se refere à perda de sangue.
  • Ver com os olhos – não existe outra forma de ver que não seja com os olhos.
  • Certeza absoluta – toda certeza, por definição, já é absoluta.

Essas repetições não acrescentam nada ao discurso e, em contextos mais formais, podem comprometer a clareza e a credibilidade do texto.

Diferença entre pleonasmo vicioso e pleonasmo estilístico

É importante não confundir o pleonasmo vicioso com o pleonasmo estilístico. No segundo caso, a repetição é proposital e serve para dar ênfase ou força poética à mensagem, como em “eu vi com meus próprios olhos” ou “chorar lágrimas de dor”.

Enquanto o pleonasmo estilístico valoriza a expressão e pode ser usado na literatura, na música ou em discursos, o pleonasmo vicioso deve ser evitado em contextos que exigem objetividade, como redações acadêmicas, textos jornalísticos ou comunicações profissionais.

Conclusão

O pleonasmo vicioso é uma repetição desnecessária que empobrece a linguagem e deve ser evitada em situações formais. Saber identificá-lo ajuda a aprimorar a escrita, tornando-a mais clara, objetiva e elegante. Por outro lado, compreender sua diferença em relação ao pleonasmo estilístico permite explorar melhor os recursos expressivos da língua portuguesa, equilibrando precisão e criatividade.