“Ter o rei na barriga”: a origem histórica e social da expressão

Por Redação
17/09/2025 18h04 – Atualizado há 3 horas

A língua portuguesa é repleta de ditados populares que atravessaram gerações e ainda fazem parte do nosso cotidiano. Um deles é a expressão “ter o rei na barriga”, usada para descrever pessoas arrogantes ou que se consideram superiores aos outros. Mas de onde vem essa forma de falar e qual é a sua origem histórica e social?

O que significa “ter o rei na barriga”?

A expressão é usada para caracterizar alguém vaidoso, que se comporta de maneira prepotente ou que acredita ser mais importante do que realmente é. Em contextos informais, costuma ser dita de forma crítica, apontando o comportamento exagerado de quem se coloca acima dos demais.

Exemplo:

  • “Desde que recebeu a promoção, parece que ele anda com o rei na barriga.”

A origem histórica da expressão

A expressão “ter o rei na barriga” surgiu no período das monarquias absolutistas europeias. Na época, acreditava-se que a realeza era escolhida por direito divino e que os descendentes dos reis carregavam esse poder sagrado.

Assim, quando uma rainha estava grávida de um herdeiro, dizia-se que ela “tinha o rei na barriga”. Essa ideia de carregar um futuro monarca conferia à gestante um status de grande importância social, fazendo com que fosse tratada com privilégios e deferência.

Com o tempo, a expressão deixou de ser usada de forma literal e passou a ser aplicada em situações figuradas, representando pessoas que se acham superiores ou que exigem tratamento diferenciado sem ter, de fato, a mesma relevância.

O peso social da expressão

Além de seu uso histórico, a expressão ganhou força como crítica social. Ela aponta a arrogância e a vaidade desmedida, servindo como alerta contra atitudes de superioridade. É um exemplo claro de como a língua transforma fatos históricos em metáforas para situações do cotidiano.

Conclusão

A expressão “ter o rei na barriga” nasceu no contexto das monarquias, quando uma rainha grávida de um herdeiro era vista como portadora de um futuro rei. Hoje, a frase é usada de maneira figurada para criticar a arrogância e o comportamento de pessoas que se acham mais importantes do que realmente são.