Por que dizemos “Estar com a pulga atrás da orelha”? A origem da expressão

Por Redação
16/08/2025 09h47 – Atualizado há 4 dias

A língua portuguesa é rica em expressões populares que usamos no dia a dia sem pensar muito sobre sua origem. Uma delas é “estar com a pulga atrás da orelha”, utilizada para indicar que alguém está desconfiado, intrigado ou com pressentimento de que algo não está certo. Mas como surgiu essa curiosa metáfora envolvendo uma pulga?

O significado da expressão

Quando dizemos que alguém está “com a pulga atrás da orelha”, estamos nos referindo a um estado de alerta e desconfiança. É como se algo tivesse despertado a atenção e deixado a pessoa inquieta, levando-a a observar com mais cuidado o que está acontecendo.

No uso cotidiano, a frase aparece em contextos que vão de conversas informais até reportagens e textos literários, reforçando a sensação de dúvida ou suspeita.

A possível origem histórica

A expressão remonta a épocas em que as condições de higiene eram bem diferentes das atuais. Pulgas eram comuns, e sua presença atrás da orelha causava irritação constante e difícil de ignorar. Essa sensação física de incômodo acabou sendo associada, no sentido figurado, ao desconforto mental de quem suspeita de algo.

Ao longo do tempo, a metáfora foi se consolidando na linguagem popular, ultrapassando o sentido literal e se transformando em um modo expressivo de falar sobre desconfiança.

O valor cultural da expressão

“Estar com a pulga atrás da orelha” é um exemplo claro de como experiências do cotidiano antigo moldaram a forma como nos comunicamos. Ela carrega não apenas um significado prático, mas também um retrato histórico de hábitos, condições de vida e criatividade linguística.

Preservar e compreender essas expressões é manter viva uma parte da memória cultural do idioma.

Conclusão

A frase “estar com a pulga atrás da orelha” mostra como imagens simples do dia a dia podem se transformar em metáforas duradouras. Ao conhecer sua origem, passamos a perceber a riqueza de sentido que existe nas expressões populares, conectando a língua portuguesa ao modo de vida de gerações passadas.