Qual a origem do hífen? A história do traço unificador

Por Redação
13/08/2025 03h35 – Atualizado há 22 horas

O hífen (-) é um pequeno traço que desempenha um papel fundamental na escrita: ele une palavras, forma locuções e evita ambiguidades. Mas como surgiu esse sinal gráfico? Conhecer sua origem ajuda a entender melhor sua função na língua portuguesa — reserva fundamental para que o texto seja claro e bem estruturado.

A origem do hífen

O uso de um traço para unir palavras remonta à escrita grega antiga, quando copistas o utilizavam para colar polígonos de texto e indicar conexões sintáticas. Com o tempo, o sinal evoluiu para marcar ligações lexicais e morfológicas, ganhou espaço nas línguas românicas e, finalmente, foi incorporado ao português.

Funções principais do hífen no português

  1. Formar palavras compostas: como “guarda-chuva” e “porta-retrato”, em que cada elemento mantém sentido próprio.
  2. Juntar prefixo e palavra raíz quando há ambiguidade ou vogais iguais: como em “anti-inflamatório” e “micro-ondas”.
  3. Evitar sequência de sons repetidos ou confusos: como “auto-ajuda” (em vez de “autoajuda”).
  4. Manter clareza em expressões fixas ou cultas: como “bem-estar” ou “mão-de-obra”.

Quando evitar o hífen

Toda regra tem exceção. Em palavras com prefixos — que terminam com vogal diferente da inicial da base — o hífen pode ser dispensado. Exemplos: “aeroespacial”, “supermercado”, onde o traço seria desnecessário e visualmente carregado.

Conclusão

O hífen é muito mais do que um traço pequeno: é um símbolo poderoso de conexão linguística. Sua presença ou ausência muda o sentido da palavra, enriquece a expressividade e mantém a fluidez da linguagem. Entendê-lo é escrever com mais precisão e elegância.