O uso de “que” e “quem”: A diferença entre os pronomes relativos
04/09/2025 08h08 – Atualizado há 1 dia

Na língua portuguesa, alguns pronomes geram dúvidas frequentes, principalmente quando têm funções parecidas. Entre eles, “que” e “quem” ocupam lugar de destaque, pois ambos atuam como pronomes relativos, estabelecendo ligações entre frases e ideias. No entanto, cada um possui regras específicas de uso que fazem toda a diferença na hora de escrever ou falar corretamente.
O uso do pronome relativo “que”
O pronome “que” é o mais comum e versátil da língua portuguesa. Ele pode se referir tanto a pessoas quanto a coisas, dependendo do contexto. Sua função principal é retomar um termo já mencionado, conectando-o à oração seguinte.
Exemplos:
- O livro que comprei é muito interessante.
- A pessoa que me ajudou mora na rua ao lado.
Nesses casos, o “que” serve como elo de ligação, funcionando como substituto do termo antecedente. Por isso, é considerado o pronome relativo mais abrangente.
O uso do pronome relativo “quem”
Já o pronome “quem” é utilizado exclusivamente para se referir a pessoas ou seres personificados. Além disso, geralmente vem acompanhado de preposição, como a, de ou com.
Exemplos:
- Foi ela quem explicou a situação.
- Este é o professor a quem me referi.
- O amigo com quem conversei já viajou.
O uso do “quem” dá clareza ao discurso e evita ambiguidades, especialmente quando o antecedente é uma pessoa.
Como não confundir “que” e “quem”
A principal diferença está no alcance do referente. Enquanto “que” pode se referir a pessoas ou coisas, “quem” é restrito a pessoas. Assim, frases como “o carro quem comprei” estão incorretas, pois apenas o “que” pode retomar objetos.
Um bom truque para não errar é lembrar:
- Se o antecedente for coisa, use que.
- Se o antecedente for pessoa, prefira quem, especialmente após preposição.
Por que essa diferença é importante?
Dominar o uso de “que” e “quem” evita construções confusas e melhora a clareza do texto. Além disso, compreender o valor desses pronomes ajuda a explorar melhor a riqueza da língua portuguesa, que conta com recursos sutis para dar precisão à comunicação.
Portanto, embora ambos sejam pronomes relativos, cada um possui seu espaço bem definido. Saber diferenciá-los é essencial para quem deseja escrever de forma correta e elegante.