Qual é o certo: pego ou pegado?
21/10/2025 11h28 – Atualizado há 17 horas

A dúvida entre “pego” e “pegado” é bastante comum entre falantes do português. Ambas as formas existem, mas não são sinônimas e devem ser usadas em contextos diferentes, dependendo da função que exercem na frase. Entender essa diferença é importante para escrever e falar de forma correta, evitando deslizes gramaticais no dia a dia.
A forma “pego” é o particípio irregular do verbo pegar e, portanto, é a forma correta a ser usada com os auxiliares “ter” e “haver” em tempos compostos. Por exemplo: “Tenho pego o ônibus todos os dias” ou “Havia pego uma gripe”. Nesses casos, o verbo principal “pegar” está no particípio, e o verbo auxiliar indica o tempo verbal.
Já “pegado” é o particípio regular do mesmo verbo, utilizado em contextos diferentes, geralmente com os verbos auxiliares “ser” e “estar”, quando há uma ação que sofreu ou está sofrendo algo. Exemplos: “Ele foi pegado em flagrante” ou “Ela estava pegada à parede”. Nesse uso, “pegado” expressa um estado ou uma ação passiva.
Assim, as duas formas estão corretas, mas o que muda é a estrutura da frase e o verbo auxiliar que as acompanha. De forma prática:
- Use “pego” com ter e haver → “Tenho pego um bom ritmo de trabalho.”
- Use “pegado” com ser e estar → “O ladrão foi pegado pela polícia.”
Essa distinção é parecida com a de outros verbos que têm duas formas de particípio, como aceitar (aceitado e aceite) e pagar (pagado e pago). Em todos esses casos, a escolha depende do verbo auxiliar e da construção verbal usada.
Portanto, ao escrever ou falar, observe o contexto e lembre-se: “pego” indica uma ação realizada (ligada a ter e haver), enquanto “pegado” se refere a um estado ou ação sofrida (ligada a ser e estar).