“Quem tem boca vaia Roma”: a história por trás do ditado popular
15/09/2025 11h20 – Atualizado há 4 horas

Os ditados populares são parte fundamental da cultura e da língua portuguesa. Entre eles, um dos mais conhecidos é a expressão “Quem tem boca vai a Roma”, repetida por gerações como uma forma de incentivo e sabedoria popular. Mas você sabia que a origem desse ditado pode não ser exatamente como o usamos hoje?
Neste artigo, vamos explicar a verdadeira história por trás do ditado, como ele mudou de sentido ao longo do tempo e qual é a interpretação mais aceita atualmente.
A origem da expressão
A versão mais antiga do ditado não era “Quem tem boca vai a Roma”, mas sim “Quem tem boca vaia Roma”. Essa forma surgiu em um contexto de contestação à Igreja Católica na Idade Média, quando Roma era o centro do poder religioso. “Vaiar Roma” significava protestar contra essa autoridade.
Com o passar dos séculos, a palavra “vaia” foi sendo confundida com “vai a”, dando à frase um novo rumo. Assim, a crítica transformou-se em uma mensagem positiva, mudando completamente o significado do ditado.
O sentido atual
Na forma como conhecemos hoje, “Quem tem boca vai a Roma” passou a simbolizar a importância da fala e da comunicação como meios para alcançar objetivos. A ideia é que, com boa oratória e disposição para se expressar, é possível chegar longe — até mesmo a Roma, que no ditado representa o destino final ou um grande objetivo.
Esse novo sentido se consolidou na linguagem popular brasileira, tornando o ditado um conselho de perseverança e confiança na própria voz.
Exemplos de uso
- “Apresente sua ideia com clareza. Quem tem boca vaia Roma.”
- “Ele conseguiu o emprego porque soube se expressar. Afinal, quem tem boca vaia Roma.”
Conclusão
A história do ditado “Quem tem boca vai a Roma” mostra como as palavras podem se transformar com o tempo. De uma expressão crítica à Igreja para um conselho motivacional, o provérbio revela a força da língua popular e sua capacidade de adaptação.